FALÁCIA : "Nós somos a FALÁCIA !"
Por Shirley Lima
Formada em 2005 a Falácia banda cearense de hard core além de seu ativismo trás ao público manifestos filosóficos e políticos com total liberdade de expressão e visão única da sociedade em que vivemos e seus males.
Conversamos rapidamente com Paulo Lima,líder da Falácia,que contou a nos sobre a cena do nordeste,o início da banda,composições e tambem sobre o projeto M.I.R.C. , se liga na entrevista abaixo.
Fálácia
Shirley- E aí Paulo, tudo bem? Me conta como surgiu a ideia de criar a Falácia e com quantos integrantes ela foi formada?
Paulo- Sempre tive uma vontade de ser músico. A música me fascina desde os cinco anos e quando fui enxergando o mundo de uma maneira realista, comecei querer ajudar os outros e vivendo estas realidades fui escrevendo e encontrando amigos que queriam fazer uma banda.A mesma começou com seis integrantes.
Shirley- Há quanto tempo a banda existe e como é definido o estilo do som de vocês?
Paulo- A banda tem quase sete anos de existência passando por várias formações.Na Falácia atual contamos com o baixista Ikaru Dien e o guitarrista Adriano Alves, mas da formação original só sobramos eu e o batera, Pedro Lima.
Nosso estilo é o alternativo com variações do metal e hardcore.
Shirley- A Falácia sempre tocou autoral? Onde vocês começaram tocando?
Paulo- Sempre tocamos autoral, essa sempre foi a proposta da banda. Começamos tocando em festas em colégios do bairro onde morávamos.
Shirley- Quantas composições a banda possui?
Paulo- Caramba...Em torno de trinta composições mas apenas dez são utilizadas em repertório. Estamos renovando a cada tempo.
Shirley- O que você me diz da cena do rock pesado no nordeste,é realmente forte e unida de verdade ?
Paulo- Existem muitos festivais que são realizados por varias produções,coletivos e movimentos. Alguns são unidos e outros não por questões ideológicas havendo dois tipos de cenas aqui em Fortaleza. Uma é nos bairros da periferia onde há maior concentração do publico e a outra é na Praia de Iracema que é palco de vários shows de bandas de nomes nacionais e internacionais. Mas isso não significa que todos andam de mãos dadas, porém a cena não deixa de ser forte em qualquer vertente do rock aqui em nosso estado .
Shirley- Aonde tem role todo mundo comparece em peso ou rola alguma panela do tipo "eu não vou no show daquela banda porquê os caras curte Raul e tals " rola essas piquinhas idiotas ?
Paulo- Rola muitos preconceitos entre as vertentes que o rock possui, e tem muitas panelas entre bandas e entre algumas organizações. Vale ressaltar que isso é um fator de empobrecimento da cena local, meu trabalho como líder de movimento é garantir uma qualidade de eventos para as bandas que participam do M.I.R.C.e parte dessas bandas são renegados dessas elites culturais que aqui se estabeleceram. Fortaleza é uma cidade muito boa para uma banda tocar existindo hoje existe em torno de 5 nomes que estão mais ativos e fazendo a coisa acontecer, porem nem todos são amiguinhos. O M.I.R.C. tem suas restrições, qualidades e defeitos, mas garanto que o mesmo não cospe na cara de nossos artistas. Não posso deixar de mencionar dois movimentos que estão também ativos na cena do nosso estado, além de termos uma parceria que se resume no respeito e no intercâmbio entre os artistas que compõem os mesmos. São eles: Panela Rock e Cunder que sempre fazem atividades rotatórias pelas regiões Fortaleza e até mesmo em algumas cidades do interior.
Shirley- O que esta faltando para que o projeto M.I.R.C. tome dimensões a nível nacional ? rolaria um intercambio entre cidades e até estados?
Paulo- O M.I.R.C. já tem projeções internacionais através da RVI (Rede Virtual Inespec) que trabalha radio e televisão virtual. A RVI nos proporciona uma longa penetração através dos 6001 blogs que hoje estão espalhados em 99 países através de varias parcerias no que resulta as pessoas terem um grande conhecimento do M.I.R.C., mas esse reconhecimento é um fruto do trabalho do M.I.R.C. em seus programas de auditório e radio no qual só tocam artistas independentes e que não têm uma mídia de alcance massivo. Falando em nível nacional , gostaria de dar ênfase aos projetos que serão financiados pelo poder publico através de editais que o M.I.R.C. foi contemplado. Creio que isso vai dar uma alavancada em nosso movimento pelo simples fatos de sempre usarmos a musica como um agente combatente dos males sociais que nos afligem ,ou seja, fazemos atividades musicais e sociais conjuntas.
Shirley- Projetos para o futuro do M.I.R.C. ? E também para a Falácia ?
Paulo- Realizaremos logo mais umas atividades socioculturais em praças abertas com temáticas de combate ao crack como um dos agentes responsáveis pela violência em nossa sociedade, assim utilizando-se sempre de manifestos, shows com bandas de rock, informativos e oficinas onde possamos informar conscientizar e entreter com muita musica as pessoas. Já a Falácia, estamos em processo de gravação e novas composições visando tocar fora do estado e até do país, pois em particular tenho contatos que nos possibilitarão fazer estes shows que estão sendo almejados pela banda.
QQuerem conhecer mais sobre a Falácia ? Acessem os links abaixo :
Sobre o M.I.R.C é só acessar : http://projetomirc.blogspot.com.br/
Entrevista concedida a nossa colaboradora direta Shirley Lima (Fortaleza-CE)
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